Entrevista de Jorge caravana, em 12 nov 2016 – Catarina Figueiredo / Jornal Expresso
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Quando Vasco da Gama desembarcou na Índia, em 1498, teve de enfrentar guerreiros com um arco mortífero. Já Afonso de Albuquerque, na Malásia, foi recebido com flechas envenenadas. E no Japão, os portugueses foram alvo de ‘espionagem’ e roubaram-lhes o segredo das suas espingardas. As histórias estão guardadas em casa de um cirurgião, em Évora, que tem uma das melhores coleções do mundo de armas brancas.
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Símbolos de poder
Se muitas destas armas eram de combate, outras serviam para dar estatuto e poder. Por isso, várias são cobertas de pedras preciosas. Uma das mais valiosas da coleção é uma adaga com um punho em forma de cabeça de cavalo decorada com jade, ouro, rubis e esmeraldas. Terá pertencido a um príncipe ou a outro alto dignitário de uma corte, pois na religião islâmica a imagem de animais no punho era reservada a estes homens. Aliás, muitas das armas que eram trazidas para Portugal como oferta ao rei eram idênticas a esta.
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-11-12-As-armas-assinaladas
Artigo publicado na edição do EXPRESSO de 5 de novembro de 2016